quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Carta Missionaria

Carta Missionária

Somos chamados/as a amar e a agir no
resgate das vidas que não conhecem a Deus.

Saúdo a cada discípulo e discípula das Igrejas da Quinta Região com a maravilhosa Graça de Deus e Pai, com a doce paz do Senhor Jesus Cristo e a inspiração do Espírito Santo.
Irmãos e irmãs, amados e amadas no Senhor. A razão de escrever-lhes é para conversar com vocês sobre um importante tema que fundamenta o nosso sentido de ser Igreja: somos vocacionados/as para fazermos a missão de Cristo aqui na terra. Este fazer missionário deve ser incessante, em todo o tempo, pois, pessoas têm perecido sem conhecer o amor de Deus e nós, temos, por meio de Jesus Cristo, a marca da promessa. Nós temos a palavra da verdade! Somos chamados e chamadas a anunciar a vida que Jesus oferece, uma vida completamente diferente de tudo o que imaginamos ou pensamos. Esta vida surge da morte para uma vida perfeita em amor. Uma vida de Deus em nós. A Bíblia em João 3.16 diz assim:

“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”.

Este versículo é maravilhoso e resume a maior motivação missionária estabelecida por Deus a favor de cada um/uma de nós. Por isso inicio esta carta afirmando que uma Igreja que verdadeiramente é missionária se insere em meio a multidão perdida, vazia, enferma, solitária e carente em todos os sentidos. Ao agir assim, ela agrada profundamente o coração de Deus, pois esta foi a Sua atitude para conosco: por amor Ele não poupou nem mesmo Seu Filho, Único e O entregou para enfrentar a realidade humana, sofrer e morrer para a salvação de todos/as que crêem. O amor de Deus é tão grande, tão imenso que toma dimensões universais: servimos a um Deus que se preocupa também com aqueles e aquelas que não pertencem a Ele. Por isso, a Igreja, como testemunha viva deste amor, é chamada a amar e a agir no resgate das vidas que não conhecem a Deus.

Amados/as irmãos/as, falar da missão de Deus é falar de amor genuíno, da Graça que é de graça. O sacrifico de Cristo que se desdobrou no sofrimento, morte e ressurreição não foi tão fácil e simples como alguns/algumas pensam. “Deus amou o mundo de tal maneira que deu filho unigênito” para redimir toda humanidade perdida. A missão de Deus se constitui nisso: Ele, por amor, faz o máximo e o melhor para ver o ser humano salvo, transformado, redimido, com vida plena, com paz verdadeira, com alegria real, enfim, sendo nova criatura aqui e agora, com perspectivas muito melhores reservadas para a eternidade, no novo céu e nova terra, onde habita a vida sem pecado e a justiça perfeita de Deus.

A maior motivação para sermos uma Igreja missionária é compreendermos que, de fato, estamos agindo de acordo com o agir de Deus, sendo Ele o grande missionário que envia Seu Filho Jesus Cristo para nos salvar. Se isto não for amor o que será queridos/as?

Devemos realizar a missão de Deus na terra com sentimento de urgência, pois, alem dos dias serem maus, há muita gente precisando da graça de Deus para hoje. O Salmo 90 traz uma reflexão muito oportuna para este tema. Lá fala da transitoriedade do homem e da mulher. Definitivamente não vamos ficar para a semente! Temos um tempo determinado aqui na terra. E, além de termos um tempo determinado que nem eu e nem você saibamos até quando, ainda tem a questão da sua dinamicidade. Como o tempo passa depressa! O tempo não para, não espera, parece voar. A Igreja precisa perceber esta dinâmica da vida. Não temos muito tempo para falarmos de Jesus para as pessoas que não O conhecem. Sempre deixamos para amanhã o que podemos fazer hoje. Quantas vezes perdemos a grande oportunidade de falar de Jesus para uma pessoa que passa pela nossa vida e nunca mais a vemos? Quantas pessoas fazem parte dos nossos relacionamentos, como colegas no trabalho, na escola, no círculo social, na faculdade e que amanhã não estarão mais conosco? Temos aproveitado este tempo chamado hoje para pregar, para anunciar o amor de Deus que tem poder de salvar e transformar vidas? Pessoas têm sido salvas mediante nosso testemunho diário? As pessoas têm olhado para nós, para os nossos atos e têm desejado ser como nós? São perguntas sérias, irmãos e irmãs, que precisam ser feitas todos os dias para regularmos o nosso agir missionário. A Igreja tem este propósito: ser testemunha! Ser espaço de salvação, de libertação para todos e todas que necessitam. Prestem atenção neste texto bíblico:

“E percorria Jesus todas as cidades e aldeias, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino, e curando toda sorte de doenças e enfermidades. Vendo ele as multidões, compadeceu-se delas, porque andavam desgarradas e errantes, como ovelhas que não têm pastor. Então disse a seus discípulos: Na verdade, a seara é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara” (Mt.9:35-38).

Quando olhamos para o Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo entendemos mais ainda o conceito de fazer missão! Jesus, poderia não ter vindo, mas veio. Não veio de qualquer jeito, veio em amor, por amar a todos/as nós. Ele mesmo afirmou que voluntariamente entregaria sua vida para resgatar a humanidade perdida. Com o coração cheio de amor e compaixão Ele sai pelas cidades, ruas, bairros, lares, praças, montes, praias, sinagogas e templo, com o propósito de amar, curar, salvar, libertar, anunciar o ano aceitável do Senhor e anunciar que se houver arrependimento haverá redenção para todos/as quantos crerem e assim desejarem.

Em cumprimento missionário e compreendendo que a ação de Jesus Cristo deve ser contínua, os apóstolos entregaram suas vidas e fizeram o máximo e o melhor que podiam fazer em nome de Deus. Aceitaram o seu envio e, onde quer que fossem independentes das circunstancias que estivessem, não pensavam neles em primeiro lugar, mas em ser fiel a Deus e a fazer sua vontade, mesmo que isto custasse a própria vida deles.
Nós, na qualidade de servos e servas do Senhor, desejosos e desejosas de fazer a Sua vontade, precisamos também cumprir o Ide de Jesus atualmente. Somos vocacionados/as para agirmos na Seara que é grande e desafiadora. Ao entrar o pecado no mundo, todas as estruturas da vida humana foram contaminadas, destorcidas, e comprometidas. Em todos os aspectos da vida vemos a sinalização do pecado: relacionamentos problemáticos, muitos outros desfeitos, pessoas deprimidas, entristecidas, doentes, carentes, violência de diversa ordem, contendas e amarguras, permeiam a vida na sociedade. Vivemos em uma completa falta de paz. O medo assola a humanidade. Temos medo de tudo: medo de viver e medo de morrer. A Igreja tem uma grande tarefa missionária. Seguindo o modelo de Deus, a missão da Igreja é restaurar. Ela é a agente de Deus, que ao anunciar a Jesus, Salvador, tem poder, por meio do Espírito Santo, de transformar vidas e situações do cotidiano.
Ao olharmos para a vida dos apóstolos, sua dedicação, todo empenho, sacrifício em prol da missão devemos ficar motivados/as a fazer o obra missionária com profunda compaixão e amor para com todos/as indistintamente.
Quando olhamos para muitos missionários/as metodistas que deixaram seus lares e países para vir até este país e também em outros para evangelizar e fazer a obra missionária, muito nos comove e nos motiva a trabalhar na seara do Senhor, sem desânimo e nem reclamações. Quantos morreram fazendo missões neste país e em outros? Se isto não for amor não sei o que será!
Amados/as do Senhor! Não cumprimos o Ide de Jesus ficando assentados/as em bancos de templos semana após semana, sem compartilhar de nossa fé com familiares, amigos/as, vizinhos/as e até desconhecidos/as. Não fazemos missão em nossos templos se não trazermos ninguém para celebrar conosco a vida que Deus nos tem dado a cada dia. Não fazemos missão apenas repetindo liturgias voltadas apenas para o nosso viver comunitário. Não fazemos missão sem termos o desejo de alcançar e abençoar os/as visitantes em nossas comunidades. Não fazemos missão com ações voltadas apenas para nós mesmos em nossas igrejas locais. Não fazemos missão se não tivermos compaixão e amor pelos/as perdidos/as.
Queridos/as irmãos/ãs! É tempo de, em amor, fazer a obra de Deus, pois não podemos deixar as trevas prevalecerem. Não podemos deixar as pessoas morrerem em pecado! Não podemos deixar as obras da carne dominarem as mentes e ações das pessoas. O diabo e seus anjos malignos continuam a destruir vidas preciosas. O mundo jaz no maligno, diz o Senhor, contudo temos que compreender que a ação missionária da Igreja leva a vida de Deus onde há morte, alegria do Senhor em meio às tristezas, paz que Cristo oferece em meio à guerra, esperança onde há incertezas, fé onde há duvida, firmeza de propósito onde há instabilidade de fé e vida.
Deus nos chamou para fazer sua obra na terra e a destruir as obras de satanás. Não é parado que fazemos as coisas acontecer, mas em ações constantes em direção ao nosso semelhante. Agindo assim, vamos promover a vida abundante manifesta em Jesus Cristo. Por isto motivo vocês a cumprirem a missão de Deus enquanto vivem e trabalham, estudam e passeiam.
Vocês têm recursos maravilhosos em Deus para a realização de Sua obra na terra: o perdão de seus pecados, a graça da vida eterna, a vitória sobre o pecado, sobre a morte e o maligno, selo e unção do Espírito Santo, conhecimento da Palavra de Deus, comunhão com seus/as irmãos/ãs, acesso a Deus pela oração, milagres, curas, provisão econômica, direção, proteção, etc. Diante de tanta bênção de Deus em nosso favor, que demonstra o cuidado do Pai, só nos resta amá-lo e obedecê-lo, fazendo o que Ele mais espera que façamos: ganhar vidas, dizer ao mundo quem é Ele e o que Ele é capaz de fazer com aqueles que dEle se aproximam.
Será que conseguiremos ficar parados/as diante de tantos desafios? Temos dimensionado o quanto o amor de Deus tem nos constrangido e tem nos movido a cumprir o Ide o Senhor? Sinceramente espero que Deus constranja vocês ao ponto de se moverem livremente e em amor na direção do povo, que vive como ovelhas que não tem pastor. Que vocês possam viver para servir a Deus e pregar o Evangelho transformador de Jesus Cristo.

Deixo meu abraço e minha oração a favor de vocês e de suas famílias.De seu bispo com carinho, Adonias